Dos 42 navios atracados no Porto de Santos, dez estão com operações suspensas por conta da greve dos caminhoneiros. As embarcações aguardam o posicionamento dos veículos para a descarga direta de fertilizantes, sal e enxofre.
Os dados são da Autoridade Portuária de Santos (APS). A estatal aponta que, apesar do problema com os desembarques, todas as vias do cais santista estão liberadas para o tráfego.
Os caminhoneiros estão em greve desde a última segunda-feira (1º) em todo o País. O movimento perdeu força em várias cidades, mas os grevistas continuam parados no Porto de Santos, reunidos na região da Alemoa.
A paralisação também afeta o transporte de contêineres, já que os terminais especializados sentem uma baixa na movimentação desde o início do movimento.
De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, as empresas transportadoras de cargas temem pela integridade física de seus motoristas e também por danos ao patrimônio.
“Se essa greve perdurar muito tempo, vai impactar na oferta de contêineres. Está sendo oferecida segurança para transportar, escolta, mas ninguém se atreveu a fazer isso até agora. A preocupação é o contêiner que ja está numa situação crítica por conta do desbalanceamento que afeta o mundo todo”, afirmou o executivo.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal e a Guarda Portuária, sob a coordenação da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos), atuam numa força-tarefa estratégica para garantia da fluidez das cargas através do maior porto marítimo da América Latina.
Desde quinta-feira (4), um efetivo de 200 homens foi destacado para formar um grande corredor de segurança desde o acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar.