A lei para DTA não tinha sido aplicada ainda, a burocracia da época não permitia a operação.
Numa greve da Infraero que durou semanas e parou as importações em plena véspera das festas de fim de ano, vínhamos trazendo um Antonov com máquinas gráficas e precisava ser liberada em poucos dias porque vencia o EX.
Para a operação acontecer no ritmo necessário, contratamos toda a mão de obra externa e operamos sem a intervenção da Infraero, concessionaria da época pertencente a gestão pública. A Receita Federal autorizou depois de escalarmos montanhas de burocracias e, diante da greve, já não podiam mais impedir uma vez que a lei já existia.
Trabalhamos durante toda a noite e um dia, atendemos a tripulação do voo, abastecemos o avião e saímos em comboio com 120 toneladas de carga para o Eadi. A correria e o esforço da equipe rendeu algumas reportagens nos jornais como ”furo”.
Missão cumprida! Liberamos a carga dentro da vigência do Ex e deixamos muita gente incomodada além de e ganhar fama de ”Mulheres bravas e atrevidas”. Na ocasião éramos duas mulheres na direção da empresa. E valeu, faria tudo de novo se fosse preciso!
E assim a Clipper Fez a primeira DTA (4) em um Antonov inusitado na época no Brasil e em plena greve do aeroporto administrado pelo governo, com operação própria! Era a garra e vontade da juventude, que conhecia como funcionava no exterior, de mudar o que sabíamos que precisava mudar e fazer acontecer. E mudou muito! Hoje temos a certeza que fomos parte destas mudanças e que ainda temos muito por fazer e mudar para melhor!!
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Equipe Clipper