Como surgiram os códigos dos aeroportos?

Para entender melhor a origem dessas misteriosas letrinhas precisamos primeiro viajar algumas décadas de volta ao passado. Depois que a Segunda Guerra Mundial terminou, a indústria da aviação comercial começou a se desenvolver rapidamente e não demorou muito para que os governos percebessem a necessidade de padronizar algumas coisas ao nível mundial para garantir a compatibilidade das operações internacionalmente.

Assim, foram criadas duas grandes organizações da aviação que desempenhariam um papel importante na consolidação da aviação civil ao longo das décadas: a Organização Internacional da Aviação Civil (Icao) e Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Tudo bem se você confundir as duas, afinal ambas estão sediadas em Montreal, no Canadá, e costumam cuidar das mesmas questões, mas são dois pássaros de espécies diferentes, digamos assim. O Icao é uma organização internacional sob as asas das Nações Unidas, enquanto a Iata é uma associação comercial que cuida dos interesses do setor aéreo.

Cada uma delas criou seu próprio sistema de códigos, com base em sua própria lógica, para identificar aeroportos em todo o mundo. Os códigos Iata, com três letras e os códigos Icao, com quatro letras.

Parece complicado, mas não há motivo para pânico! Cada sistema acabou sendo adotado para um uso específico. Os códigos Iata de três letras são usados ​​pelas companhias aéreas para fins comerciais e em atividades voltadas para os passageiros, por isso temos muito mais familiaridade com eles. Já os códigos Icao de quatro letras aparecem em documentos técnicos, como nos planos de voo.

Como são definidos os códigos dos aeroportos?

Quando um novo aeroporto vai ser inaugurado é feita a requisição de um código Iata e de um código Icao e cada uma adota critérios e lógica própria para a definição desses códigos. A Iata procura usar as três primeiras letras da cidade, ou as iniciais do nome do aeroporto, já o Icao estabelece uma relação com a localização geográfica do aeroporto.

O que significam os códigos dos aeroportos?

Sistema Iata

Os códigos designados pela Iata normalmente levam as três primeiras letras da cidade, como acontece com Natal (NAT), Belém (BEL) e Miami (MIA), ou as iniciais do nome do aeroporto, como é o caso do Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro, e do John F. Kennedy (JFK), em Nova York.

No entanto, se dentro das 17.576 combinações possíveis a sigla pretendida já estiver em uso, então começam os ajustes, que nem sempre fazem muito sentido. Foi o que ocorreu com o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (inaugurado em 1985) que ficou com GRU porque GUA já era usada pelo terminal da Cidade da Guatemala (inaugurado em 1941).

Códigos dos aeroportos

Um fato curioso é que a Iata foi fundada em 1947 e muitos aeroportos já existiam nessa época, o que gerou uma certa disputa por alguns códigos. Foi o caso do aeroporto de Curitiba (que na verdade fica na vizinha São José dos Pinhais, mas tudo bem) inaugurado em 1946, um ano antes do surgimento da Iata. Ele deveria ter recebido a sigla CUR, só que ela foi concedida ao aeroporto de Willemstad, capital de Curaçao. No par ou ímpar Curaçao levou o código por ser mais proeminente que o recém-inaugurado primo brasileiro, que teve que se contentar com CWB.

Os aeroportos do Canadá não seguiram a mesma lógica. Por lá foram mantidos os códigos de duas letras que já eram usados antes da Iata (que tinham relação com os postos de telégrafo do país), acrescentando Y na frente. Por isso o aeroporto de Toronto é YYZ.

Sistema ICAO

Já o sistema ICAO segue uma lógica diferente. Ele identifica a localização dos aeroportos. A primeira letra designa uma “região”, a segunda letra designa um país e as duas restantes representam um aeroporto específico.

Por fornecer uma melhor orientação geográfica, esse é o sistema utilizado na documentação de voo. Os passageiros podem até confundir Dublin (DUB) com Dubai (DXB), mas os pilotos não confundem EIDW com OMDB.

No caso de países grandes, a segunda letra pode designar uma área específica de seu território. No Brasil, por exemplo, são usados 5 códigos diferentes: B, D, N, S, W, sendo que o B é o mais comum.

Assim, o aeroporto Tom Jobim, no Rio de janeiro (também conhecido como Galeão) recebe o código SBGL: S para América do Sul, B para a região em que está, e GL identificando Galeão.

Esse padrão de nomenclatura tem suas exceções. O Canadá usa a letra C e os Estados Unidos a letra K na frente do código Iata (aquele de três letras). Então, Nova York tem KJFK e Toronto CYYZ. Alasca e Havaí são os únicos diferentões por lá e usam P.

Fonte: https://www.melhoresdestinos.com.br/aeroporto-codigo-3-letras.html

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